quinta-feira, 26 de abril de 2012

Com um Brilhozinho nos Olhos __ Sérgio Godinho


Com um brilhozinho nos olhos e a saia rodada
escancaraste a porta do bar,
trazias o cabelo aos ombros,
passeando de cá para lá como as ondas do mar.
Conheço tão bem esses olhos,
e nunca me enganam, o que é que aconteceu, diz lá!
- É que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa no mundo não há!
É que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa no mundo não há!
Com um brilhozinho nos olhos
metemos o carro muito à frente, muito à frente dos bois.
Ou seja fizemos promessas,
trocámos retratos, traçámos projectos a dois.

Trocámos de roupa trocámos de corpo,
trocámos de beijos tão bom é tão bom.
E com um brilhozinho nos olhos
tocámos guitarras, pelo menos a julgar pelo som.
E com um brilhozinho nos olhos
tocámos guitarras, pelo menos a julgar pelo som.
E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco... (x 8)
Passa aí mais um bocadinho que estou quase a ficar louco!
Hoje soube-me a tanto! (x4)
Portanto, hoje soube-me a pouco!
Com um brilhozinho nos olhos
corremos os estores, pusemos a rádio no on.
Acendemos a já costumeira velinha de igreja,
pusemos no off o telefone...
E olha não dá para contar,
mas sei que tu sabes daquilo que sabes que eu sei!
E com um brilhozinho nos olhos
ficámos parados depois do que não te contei.
E com um brilhozinho nos olhos
ficámos parados depois do que não te contei.
Com um brilhozinho nos olhos
dissemos sei lá o que nos passou pela tola.

Do estilo: és o number one, dou-te vinte valores,
és um treze no totobola!
E às duas por três bebemos um copo,
fizemos o quatro e pintámos o sete...
E com um brilhozinho nos olhos
ficámos imoveis a dar uma de tête a tête.
E com um brilhozinho nos olhos
ficámos imoveis a dar uma de tête a tête.
E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco... (x8)
Passa aí mais um bocadinho que estou quase a ficar louco!
Hoje soube-me a tanto! (x4)
Portanto, hoje soube-me a pouco!
E com um brilhozinho nos olhos
tentámos saber para lá do que muito se amou...
Quem eramos nós, quem queriamos ser
e quais as esperanças que a vida roubou.

Olhei-o de longe e mirei-o de perto,
que quem não vê caras não vê corações,
e com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo, que é coisa que vale milhões!
E com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo, que é coisa que vale milhões
E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco... (x8)
Passa aí mais um bocadinho que estou quase a ficar louco!
Hoje soube-me a tanto! (x4)
Portanto, hoje soube-me a pouco!

{Acho que o brilhozinho se vai apagando e a esperança também. Só aumenta o peso na consciência da culpa ser minha...}

Da continuação de estados e situações

Nada de novo...

Fui eu para a faculdade (sem ter nada para fazer lá, até porque nem tinha aulas hoje...), só na esperança de lhe poder pedir desculpa.

Vejo-o passar e finjo que estou ocupadíssima com merdas sem jeito nenhum... Além de que não houve grande oportunidade para lhe dirigir a palavra. Nem coragem.

E assim continuamos, com algumas partidas que me vais pregando, oh destino.
Sim, tu! Como aquela de ontem... Nunca imaginei que ele estivesse lá. E tu ainda te riste com a cara de estupida com que fiquei ao entrar no escritório. -.-'

Começo a não achar piada a certas merdas, 'oubiste' ?

terça-feira, 24 de abril de 2012

Da cobardia, dos sentimentos e das despedidas.

Eu odeio pessoas sem coragem...

Mas devo dizer que ao apreciar as belas atitudes que venho a ter desde ontem sou uma valente cobarde, para não chamar outra coisa!

Eu sei que é sempre mais fácil aceitarmos certas coisas das pessoas por quem não temos sentimentos, mas porra! Era só uma dança!
Talvez tenha sido por me lembrar que da ultima vez também foi só uma dança... E depois foi tudo aquilo que se viu.
Talvez seja pela tua condição. Não quero sair magoada nem ser a outra.
Talvez seja por ter medo de deixar que o sentimento cresça...

Mas que explicação dou á falta de coragem para sair do carro? Para ir lá e passar a tarde como sempre fiz? Será por não gostar de despedidas? Ou por estar saturada de me despedir das pessoas de quem gosto, das pessoas que me fazem sentir bem?


Quando pensava que estava a melhorar, que estava bem, pimba! Patada na boca!

Foi quando me conformei que as coisas acontecem, eventualmente, e deixei de procurar, que vos encontrei. E para quê? Para me acobardar e só fazer besteira! Para voltar a ter a sensação de que não vale a pena fazer qualquer tipo de planos... Nem ter qualquer tipo de sonho.

E dizia eu que não gostava de cobardia... Agora até tenho medo de sonhar.

Já percebo porque recusei dançar contigo: não quero gostar de ti!
E sabes porquê? Porque não quero que te vás embora... Todas as pessoas de quem gosto vão embora.